Sonhando caminha sua alma noite
e dia
Como se de sonhos pudesse vir o
sustento,
Manuseando o lápis, o coração e
a branca folha,
Encontrando assim um único e
breve alento.
O ar que respira torna-se muito
pouco
E de encontro ao nada,
envolve-se nas trevas,
Falta-lhe imaginação, sentimento
e verdade.
Sem luta, dá-se ao abismo que a
vida à leva.
Nega-se a acreditar no amor
Embora a esperança a obrigasse a
sonhar,
E hoje, frustrada somente a
sombra a alcança.
O seu destino não a ensinou lutar.
Brindando ergue o seu amargo
cálice
E brinda a dor de não ter
aprendido amar.